Governo do Distrito Federal
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30/10/19 às 11h16 - Atualizado em 30/10/19 às 13h24

Terceira edição do Estação Cerrado – Tema: “Universidade 4.0”

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Universidade 4.0 foi o tema central da terceira edição do Estação Cerrado, evento realizado na tarde desta segunda-feira (28), no auditório do SebraeLab, no Parque Tecnológico de Brasília. Promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Fundação Universidade Aberta do DF (FUNAB) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF), o encontro trouxe profissionais renomados nacional e internacionalmente.

 

Entre os convidados para a ocasião, Jefferson de Oliveira Gomes, destacou os “Impactos da indústria 4.0 na educação superior”, enquanto o coordenador do projeto de implantação dos cursos de Engenharia do Senai/SC, Celson Pantoja Lima, dissertou sobre “INOversidade: rumo à universidade

4.0”

 

O futuro agora – Jeferson Gomes destacou, em sua palestra, a necessidade de integração entre as universidades e o mercado, com atenção especial às áreas voltadas para inovação e tecnologia, como as engenharias. Para o diretor do IPT é essencial aprimorar as técnicas de gestão e alinhar a educação às novas profissões e demandas da sociedade.

 

Jefferson de Oliveira Gomes, Presidente IPT

“Até 2012, cerca de 1 bilhão de pessoas estavam trabalhando em profissões novas, que não existiam. Daqui há alguns anos, 65% das profissões serão em novas áreas e muitas das profissões como conhecemos hoje não existirão. Diante desse desafio, vamos discutir o cenário educacional, o papel das universidades, das empresas diante daquilo que imaginamos ser o futuro, embora, na realidade, o futuro já tenha chegado faz tempo, nós é que temos que nos adaptar”.

 

Celson Pantoja Lima também acredita na necessidade de adequação do modelo de ensino superior às novas áreas e ao mercado de novas profissões. Para ele, o ensino formal de hoje não prepara os profissionais para o atendimento das demandas atuais e do futuro, tampouco para ocupar o mercado de trabalho cujas características ainda não são definidas.

 

Simone Benck, Diretora Executiva da FUNAB

“O que temos é uma grande convergência de áreas científicas e tecnológicas que estão num patamar que nunca estiveram e elas estão nos apresentando coisas que não estamos preparados para receber. Como disse Jefferson, quase 70% das nossas profissões ninguém sabe quais serão. Inteligência Artificial hoje é uma realidade, assim como o desenvolvimento de softwares que antes parecia distante e hoje está em todos os cantos”, complementou.

 

“A gente precisa formar pessoas para essa realidade. Mais do que isso, precisamos preparar nossos estudantes para o trabalho e, pra isso, precisamos instituir o ensino superior 4.0. A universidade não tem mais que conceder diplomas, tem que desenvolver habilidades, possibilitar o aprendizado nos mais diversos lugares, de formas diferentes e com linguagem atual. Laboratório é qualquer lugar, com os recursos disponíveis, especialmente em localidades onde é impossível montar grandes estruturas, como a Amazônia, por exemplo”, explicou.

 

Desafio da educação no DF – Para debater o desafio do novo ensino superior e falar das perspectivas do projeto da Universidade Distrital, o dispositivo de honra do evento foi composto pelo presidente da FAPDF, Alessandro Dantas; pela diretora executiva da FUNAB, Simone Benck; pelo coordenador da Política de Educação Superior Pública do DF, Jorge Amaury Maia  Nunes e pelo diretor regional do Senai/DF, Marco Antônio Areias Secco.

 

Jorge Amaury Maia Nunes, Coordenador da Política de Educação Superior Pública do DF

A necessidade de pensar um novo modelo de ensino superior para atender às demandas atuais de trabalho foi destacada pelo diretor do Senai. “Esse é um momento muito importante de reflexão para pensarmos a partir dos paradigmas da inovação e de como pensamos as nossas universidades. Ao longo dos anos, construímos uma forte metodologia de prospecção justamente para podermos dar respostas à necessidades efetivas, mais do que falar sobre oferta’, disse.

 

Segundo ele “Existe uma grande oportunidade de atualização tecnológica e quando olhamos para o ensino superior vemos, no DF, 120 mil pessoas a serem qualificadas nesses quatro anos. Então existe um desafio enorme, destacado no contexto da indústria 4.0.

 

Jorge Amaury falou sobre o projeto prioritário da FUNAB, a criação da Universidade do Distrito Federal, e a importância dela para atender a essas novas demandas de ensino. “A ideia é construir uma universidade vocacionada para o futuro, o que permite criar aqui, por exemplo, um curso de engenharia aeroespacial. Nós temos limitações, mas os nossos sonhos não podem ser finitos”, salientou.

 

Marco Antônio Areias Secco, Diretor Regional do Senai,

Para o coordenador, a forma de dar aula nas Universidades precisa ser revista e aprimorada. “Será que não temos capacidade de fazer diferente? Somos criativos o suficiente para implantar novas técnicas e novas possibilidades de conhecimento e é esse o nosso projeto de universidade”, ressaltou.

 

O projeto da Universidade do Distrito Federal busca inovar no ensino superior do DF com foco no desenvolvimento baseado em ciência, tecnologia e inovação para buscar a mudança da matriz de desenvolvimento econômico regional e impacto social. É o que explicou a diretora executiva da FUNAB, Simone Benck: “um dos temas que nos trouxe aqui hoje é a oportunidade de pensar sobre como é possível passar a tríplice fronteira universidade, governo e sociedade e, aqui no Parque Tecnológico, temos um ambiente propício pra isso”, observou.

 

Alessandro Dantas, Presidente da FAP

O presidente da FAPDF também acredita que a necessária atualização do modelo de desenvolvimento do DF passa pela atualização do processo de formação dos novos profissionais. “Nós estamos resgatando esse sonho de Darcy Ribeiro em um momento crucial do DF, onde precisamos realmente rever a matriz econômica, o serviço público, que era o grande sorvedor dos nossos jovens talentos já não tem mais essa capacidade e nós temos realmente que preparar os novos profissionais para o mercado, principalmente para o mercado brasiliense, e isso é feito não só com ajustes dentro das universidades, mas também com as políticas públicas, por exemplo, fomentando um polo de engenharia aeroespacial, como o professor Jorge Amaury citou”, explicou.

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